PESQUISE NUMA BOA
domingo, 30 de novembro de 2008
ÁGUA NO CHOPP
quinta-feira, 27 de novembro de 2008
MALA BRANCA E OUTROS DELITOS
O programa da TV Globo, Globo Esporte, de 27 de novembro desse ano de 2008, anunciou que, no portal da Globo.com, seção Esportes, há uma enquete para a livre expressão dos internautas sobre três recentes assuntos polêmicos que atingem o futebol, dentro e fora de campo. Fora de campo, diz respeito a tal da MALA BRANCA, uma forma de presentear um jogador, com dinheiro, para que ele se empenhe ao máximo, no jogo que fizer contra um adversário que deve ser derrotado, a fim de favorecer, na tabela, o time que oferece essa ajuda pecuniária. Esquisito, não? Até a explicação é confusa. Mas é isso mesmo. Um tipo de propina velada, ou sei lá o quê. Isso é posto, como se o jogador profissional já não ganhasse o suficiente para se empenhar ao máximo contra qualquer adversário. Dentro do campo, há duas perguntas sobre comportamento. Primeiro, quanto à SIMULAÇÃO DO JOGADOR, fingindo estar machucado, para ganhar tempo. A segunda, diz respeito à ININTERRUPTA ATUAÇÃO FALTOSA dos jogadores, com a intenção deliberada de parar o jogo, impedindo a organização do adversário em campo, quando, reconhecidamente, naquele dia do jogo, está mais fraco, tecnicamente. Chamou-se a isso de FALTAS INTELIGENTES. Parece-me que as três indagações aos amantes do futebol-esporte são o retrato cuspido e escarrado do que acontece hoje em nosso país, afundado num mar de mediocridades intelectuais, sem ética e com comportamentos desviantes, os mais indignos possíveis. O Brasil está sendo governado por uma maioria absoluta de políticos mentirosos, logo o fingimento tornou-se uma fórmula infalível de legitimação das mais torpes falsidades, deteriorando-se o campo de atuação do psicossocial, chegando-se a uma total e profunda inversão de valores. O que são os furtos constantes da dinheirama do INSS, senão o fingimento, a fraude, o estelionato? O que são os presentinhos trocados entre altos funcionários do governo e executivos da iniciativa privada, antes de gordas concorrências públicas, embora haja leis e mais leis que coíbam tal prática? O que são as difamações, os falsos relatórios, os dociês apócrifos, as detratações e tantos outros procedimentos indignos que derrubam a reputação de gente proba? Isso acontece, em campo, na forma de pontapés, sucessivas faltas, caneladas. O que são os empurrões, cotoveladas, quebra-quebra, queima-queima, quebra-paus, ou taca-fogo-em-tudo, puxões de camisas, amassa-amassa, queima-logo, derruba-tudo ou amassa-e-mata-esses-fazendeiros, diretores, pesquisadores, cientistas que não entendem nada, porque nós somos os sem-terra e vivemos muito mal... Minha gente! Observando a votação no portal da Globo vi que muitos ainda são a favor da simulação, da corrupção velada e do anti-futebol. Vergonhosamente, esse esporte imita a vida que se vive hoje no Brasil. Uma pena!
ATÉ A PRÓXIMA
domingo, 23 de novembro de 2008
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
COMO O RÁDIO E A TELEVISÃO FALAM
Mas não só o rádio transmite e comenta as partidas de futebol. A televisão também, lá nos estádios, está presente. Ela é um meio frio de comunicação de massa, porque fornece baixa quantidade de informação, pois permite mais participação ao propor somente uma complementação informativa e inclui o receptor na própria mensagem, como um reflexo das ocorrências de suas realidades e experiências cotidianas. No caso das transmissões de jogos de futebol, a televisão mostra o campo de jogo numa telinha minúscula (em relação à realidade) e colorida, tudo já do conhecimento do espectador e a imagem é apresentada como arquétipo do que de melhor existe e impossível de ser melhorado. Por tudo isso e muito mais a falação diminui, diminuindo o ritmo da locução, pois a imagem fala por si só. Pelo poder mágico da televisão, cuja luz vem de dentro do próprio recinto iluminado, onde está o receptor (diferente da sala de projeção cinematográfica), ela atrai todos os olhares para si. Então, entram em cena os recursos eletrônicos e os efeitos sensacionais de engenharia computacional que cativam definitivamente o receptor, identificando-o com a maravilha, tornando-o, também, fantasticamente maravilhoso. Todos os fenômenos advindos dessa tecnologia vão produzir um receptor que multiplicará o que ouve e será o reprodutor dos termos, das expressões e dos conceitos que ouve. Mais uma vez, fica registrada a grande importância dos locutores e comentaristas dos jogos transmitidos pela televisão e o que eles falam repercute muito mais do que imaginam. Portanto, é preciso reformular a maneira de como hoje as emissoras de televisão transmitem seus jogos de futebol. O locutor deixa de se referir às jogadas para tecer comentários sobre estatísticas tolas, que não levam a nada e cansa o telespectador. Ao mesmo tempo o comentarista responsável pela parte técnica da partida não fala muito sobre o que ocorreu o o que está ocorrendo, preferindo divagar sobre outras coisas, num subjetivismo nada interessante. Então, as “fofocas” surgem aos borbotões, irritando aquele “maravilhoso” telespectador, atingido por tecnologias eletrônicas de ponta e por pequeninas bobagens sem pé nem cabeça. Por isso, sou um ferrenho crítico desses profissionais. Mas, também, suavizando o final desses comentários, digo, altaneiro, que eles são os melhores materiais didáticos que tenho para as minhas aulas.
ATÉ A PRÓXIMA.
O BLEFE OU QUE SAUDADE DO JOÃO SALDANHA !
ATÈ A PRÒXIMA.
sábado, 25 de outubro de 2008
BOBAGENS, FANTASMAS E JOGÃO
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
SUOR, VALENTIA E CIRCO
ATÉ A PRÓXIMA
terça-feira, 14 de outubro de 2008
FUTEBOL É JOGO PRA HOMEM
quarta-feira, 8 de outubro de 2008
OS BEIJOQUEIROS
ATÉ BREVE
ESTÃO DESAPARECENDO OS "COALHADAS"
ATÉ BREVE
sábado, 4 de outubro de 2008
O FUTSAL
E o futsal, como está contribuindo para aumentar o vocabulário da língua especial do futebol? O Brasil sedia, nesse ano de 2008, o Campeonato Mundial de Futebol de Salão, esporte oficialmente reconhecido e disciplinado pela FIFA. Com a vitória por 7 a zero, hoje, dia que antecede as eleições municipais brasileiras, em Brasília a nossa Seleção de Futsal deu um chocolate na Rússia. Ouvimos esse termo ser empregado nos comentários do SporTV, canal a cabo da Globo. Muitos narradores e comentaristas, ao transmitirem essa modalidade esportiva tão parecida com o futebol tradicional utilizam termos e expressões consagrados nos gramados de todos os estádios, onde a bola rola, a grama cresce e as firulas acontecem.
quarta-feira, 1 de outubro de 2008
SOU DO TEMPO DE UMA COPA DIFERENTE
Não agüento mais esse Fluminense! Não sei se falta sorte, competência, técnico, jogador, ou tudo isso junto. Contra o Goiás, no primeiro dia de outubro, time do interior, em ascensão, mas que sempre viveu na corda bamba da elite do futebol brasileiro, lá do fundo do sertão do Brasil, jogando no Maracanã contra o tricolor carioca, “time tantas vezes campeão”, esse meu tricolor, insisto em dizer, não se afirmou nem se afirma. Sempre leva um gol no início da partida e não consegue nem sustentar uma vantagem numérica, após criminosa entrada de um molambento jogador de nível medíocre no nosso Júnior César. O jogador dá uma entrada criminosa no seu adversário, é expulso e os jogadores se abraçam, se afagam... Jogadores dos dois lados... A torcida se estressa, aplaudindo a expulsão, aquela entrada criminosa, só porque ficou com um jogador a mais em campo. No meu tempo, quando um jogador agredia o seu adversário, havia imediatamente uma reação dos jogadores do time do agredido e muitas vezes o pau comia e a briga se generalizava. Errado? Não sei, não! Antigamente, quando havia uma entrada violenta, de um jogador no outro, mas sem expulsão ou repreensão, a torcida tomava as dores do agredido e quando o jogador faltoso pegava na bola era uma gritaria danada e a turba urrava das gerais e das arquibancadas com o grito de É ESSE! É ESSE! É ESSE! Hoje, não. Os jogadores envolvidos em criminosas agressões, logo se abraçam e dão beijinhos uns nos outros. Uma vergonha! São uns frouxos... Veja se isso acontecia nos clássicos entre argentinos e brasileiros, tanto no Gymnasia Y Esgrima de La Plata como no Pacaembu ou no Maracanã. Tinham razão os nossos hermanos: eles gritavam logo, logo: Maricon, maricon, maricon! Sou do tempo da Copa Roca ... e tá falado!
quinta-feira, 4 de setembro de 2008
BANDEIRINHA SOFISTICADA
Até a próxima.
terça-feira, 2 de setembro de 2008
PARADA, PARADINHA, PARADONA
segunda-feira, 1 de setembro de 2008
C E N I S M O
quinta-feira, 28 de agosto de 2008
A ETIMOLOGIA DE FUTEBOL
quarta-feira, 27 de agosto de 2008
AUDIÊNCIA
domingo, 24 de agosto de 2008
FUTEBOL E INTIMIDADE
domingo, 17 de agosto de 2008
CAMARÕES
quinta-feira, 17 de julho de 2008
OS NOMES PRÓPRIOS NOS ESPORTES DE MASSA
É só repararmos os nomes de muitos conhecidos jogadores de futebol dos times que disputam o Campeonato Brasileiro da Primeira Divisão, para chegarmos à conclusão de que esses substantivos próprios estão carregados de afetividade. É isso mesmo! São muitos, como Carlinhos, Marquinhos, Paulinho, Luizinho, Fabinho, Renatinho etc. Mas há Carlão, Luizão, Marcão, Paulão, Fabão e muitos mais. Dizemos que a maioria desses nomes próprios é constituída por formas recheada de afetividade, porque são todos atletas de estatura razoavelmente elevada, fazendo juz ao aumentativo ou, por antítese, jogadores não muito altos, que têm seu nome em aumentativo por inúmeros motivos, inclusive por afetividade. Parece ser o caso de Magrão (ex-Palmeiras), onde o peso e o físico marcaram mais do que a altura. A verdade é que sempre está surgindo uma forma conotativa para marcar a presença de cada um, em suas equipes. Isso, aliás, é muito comum na família brasileira, que tem essa mania de dar forma diminutiva ou aumentativa aos nomes dos meninos, no aconchego do lar. Depois esses nomes acompanham o jovem, o adolescente, o rapaz adulto em suas atividades profissionais. Por outro lado, muitos só recebem esse carinhoso nome, quando chegam aos novos ambientes de trabalho, mesmo não os ostentando ao se apresentarem aos clubes, onde vão tentar a vida, como atletas profissionais. É o caso dos jogadores de futebol. Mas só de futebol, porque isso não é comum acontecer com os jogadores de basquete ou vôlei, que recebem geralmente o sufixo aumentativo, relacionado diretamente à sua grande estatura.
No vôlei feminino ocorrem registros dos dois sufixos; o de diminutivo e o de aumentativo. Assim, temos as jogadoras, mundialmente consagradas com vários títulos mundiais: Fofão, apelido dado pelo técnico José Roberto a Hélia Rogério de Sousa, de 1,73m, por achar seu nome muito complicado. Por que não Fofona ou Fofinha? Não encontramos outro nome próprio feminino com esse sufixo –ão. Já em Valeskinha, nome de Valeska dos Santos Menezes, de 1,80m, parece que foi adotada essa forma para não confundir com Walewska Moreira de Oliveira, de 1,90m. Ainda, a nosso ver, encontramos os afetivos Joycinha (Joyce Gomes da Silva), de 1,90m e Renatinha (Renata Colombo, de 1,81m), jogadora que pertenceu ao Rexoma-Ades.
No futebol masculino a coisa é diferente. Esse esporte de força, de muitos movimentos, de saltos, correria, lances bruscos, muitas vezes responsáveis por graves contusões, apresenta seus “craques” e muitos jogadores importantes com aquela característica bem familiar do diminutivo ou do aumentativo. É interessante registrar que o aumentativo também pode introduzir a noção de “excelente”, “fantástico” quando, ao nome do jogador de grande destaque na partida, é acrescentado o sufixo –ão. Citamos como exemplo o goleiro do Palmeiras, ex-Seleção Brasileira, que, normalmente, é escalado com o nome de Marcos, mas se transforma em Marcão, ao fazer defesas maravilhosas, fechando o gol, como se diz na gíria do futebol. É chamado de Marcão tanto pelos locutores que transmitem as partidas, como pelos torcedores nas arquibancadas. Parece que houve uma contaminação semântica entre o sentido do sufixo –ão, com o conceito de “bom”, “excelente”, porque o dimensionamento (tamanho), inerente ao sufixo –ão, em substantivos, se mistura à forma idiomática de se empregar um substantivo com o valor (adjetivo) superlativo. Diz-se “ele é um homão”, querendo-se dizer que “ele é um homem muito bom, excelente homem”. O substantivo próprio (Marcão) passa a se comportar desta mesma forma, isto é, com função adjetiva, capaz de poder expressar, pelo sufixo a ele acrescentado, um sentido de intensidade. Esse fenômeno lingüístico está na deriva da língua portuguesa, uma vez que ocorre com certa freqüência, em situações quando, na linguagem, predomina a função poética. Há muitos anos, apareceu em out-doors, na cidade do Rio de Janeiro, uma publicidade do então Banco do Estado, BANERJ, pioneiro no lançamento do cheque especial, que dizia o seguinte:
Luizinho Netto – Luís Idorildo Netto da Cunha (Atlético Mineiro), de 1,85m;
Carlinhos Bala – José Carlos da Silva (Cruzeiro, Sport Recife), de 1,65m;
Marinho – Mairon César Reis (Atlético Mineiro), de 1,79;
Danilinho – Danilo Veron Bairros (Atlético Mineiro), de 1,64;
Mazinho – Elismar Cândido Santos (América Mineiro), de 1,72;
Marcinho – Márcio José Oliveira (Atlético Mineiro), de 1,71;
Ilzinho – Ilson Pereira Dias Júnior ( São Paulo), de 1,78;
Romerito – Romer Mendonça Sobrinho ( Goiás Esporte Clube), de 1,83;
Leandrinho – Leandro da Silva Batista (Esporte Clube Juventude), de 1,69;
Edinho - Edison Carlos Felicíssimo Polidório (Paraná Clube);
Dininho – Irondino Ferreira Neto (Palmeiras), de 1,83;
Rafinha – Rafael da Silva Francisco (Grêmio de Porto Alegre), de 1,67;
Diguinho – Rodrigo Oliveira de Bittencourt (Botafogo), de 1,71;
E mais:
Serginho, Eltinho, Edinho (de Edmo), Fabinho, Foguinho (apelido, de fogo), Paulinho, Chiquinho, Juninho Paulista, Marcinho Guerreiro, Marcelinho . E são inúmeros
O jogador ZINHO, que defendeu o Flamengo, Seleção Brasileira, Palmeiras, Cruzeiro, Grêmio, Yokahama (Japão), Nova Iguaçu (RJ) e Miami FC pode ser considerado um caso sui generis, pois um sufixo (morfema nominal) se transforma em lexema (substantivo próprio) devido, inegavelmente, ao seu incomum nome de batismo, Crizam César de Oliveira Filho, e à sua pequena estatura, mas tudo isso direcionado para uma nova forma afetiva de denominá-lo.
Muitos jogadores de futebol têm seus nomes no aumentativo, quase sempre por serem de estatura elevada. Assim:
Luizão – Luís Carlos Nascimento Júnior (Cruzeiro, de MG), de 1,84;
Fernandão – Fernando Lúcio da Costa (Internacional de Porto Alegre), de 1,90;
Magrão (apelido) – Márcio Rodrigues (Corinthians, SP), de 1,86;
Carlão – Carlos Roberto C. Jr. (Corinthians, SP), de 1,82;
Betão – Ebert Willian Amâncio (Corinthians, SP), de 1,81;
Chicão (sem aparente explicação) – Anderson Sebastião Cardoso (Figueirense de SC), de 1,81;
Fabão – José Fábio Alves Azevedo ( São Paulo), de 1,87.
É muito longa a lista desses nomes próprios, masculinos e femininos, com os sufixos –inho(a) ou –ão, pois essa maneira afetiva, debochada ou até pejorativa está enraizada na nossa cultura e é assim que os meninos e meninas são chamados no seio familiar, levando, muitas vezes, para a vida profissional essa marca lingüística que deve ser respeitada. Achamos que esse texto deu para se ter uma idéia dessa curiosa diversidade de nomes próprios nos esportes de massa, no vôlei, no basquete e, principalmente, no futebol.
ATÉ A PRÓXIMA