PESQUISE NUMA BOA

domingo, 6 de dezembro de 2009

TIME DE GUERREIROS


Eu sempre venho dizendo que essas torcidas que vão aos estádios, nas arquibancadas, em dia de importantes clássicos, são formadas, em sua grande maioria, por pivetinhos e desqualificados sociais. Percebe-se isso pelo comportamento dessa turba de inconsequentes, que joga saquinho com urina nos outros mais abaixo, atiram tudo que podem nos torcedores até do mesmo time e estão sempre prontos para arrajar uma encrenca danada. É claro que há gente educada, até de fino trato, bem comportada, mas a maioria é composta por uma garotada relaxada e incoveniente. São inconvenientes sociais. Mas nunca poderia esperar esse vandalismo gigantesco, vindo de um povo dito civilizado, lá de Curitiba. Ledo engano! Lá, como em todo lugar há vândalos, também. Pensaram que ganhariam e não levaram um corpo policial para dar conta de algum contra-tempo. Se deram mal. Agora vamos esperar pelas identificações dos marginais, para haver punição rigorosa a esses desqualificados torcedores. Mas, deixando de lado esses acontecimentos trágicos de um time, agora, rebaixado, que foi a campo pensando em derrotar os nossos guerreiros, cheio de empáfia, atuando mediocremente, soltando o sarrafo, machucando os nossos mais importantes jogadores, vamos falar da garra e do sentimento de vencedor que está correndo nas veias de nossos jogadores, desde o início do trabalho do Cuca. Magníficos lutadores! Grupo fechado em torno de um ideal, de uma diretriz, pensando somente na vitória. Fomos, inegavelmente campeões morais do Torneio da Sul-americana, pois nunca perdemos para a LDU, em condições normais de temperatura e pressão... e altitude, também, é claro! Condições corretas para uma disputa de campeonato civilizado, onde o ambiente externo é igual para os times concorrentes. Como, aliás, ocorre no Primeiro Mundo Europeu, onde o Real Madri não joga nos campos gelados da Sibéria, por exemplo. Mas o Fluminense é de fato o grande vencedor desse campeonato brasileiro de 2009, pois sua arrancada no Segundo Turno foi a mais sensacional entre todos. De parabéns estão esses guerreiros tricolores, porque só há um time tricolor no Brasil, já dissera Nelson Rodrigues, os outros são times de três cores. O time soube tocar a bola, jogou pelo resultado, quando precisou, apanhou em campo, mas não fugiu da raia. Aliás, o Fluminense vem de dez resultados sensacionais, lutando como se a cada partida disputasse um campeonato. Parabéns, guerreiros tricolores. Parabéns, Cuca. E os comentaristas que falam para os teleassinantes de toda rede global, via satélite, têm de explicar um campeão carioca, dois cariocas salvos da degola e os times paulistas sem pernas...Parabéns torcedores que foram ao Couto Pereira, incentivando o time das Laranjeiras. Com muito orgulho solto a voz nas estradas do sul, gritando: SOU TRICOLOR DE CORAÇÃO, SOU DO TIME TANTAS VEZES CAMPEÃO




ATÉ A PRÓXIMA

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

CAMPEONATO DE TERCEIRO MUNDO


É triste ser do Terceiro Mundo, dessas Américas sul-americanas, centrais, de tantas glórias, mas também de tantas porcarias. É triste, mesmo, pois temos de agüentar esses Chaves, Evos, Rafaéis, Logos, Zelayas, gente da pior espécie política, sempre aplaudida por nosso presidente apedeuta. Mas vamos ao assunto futebolístico ocorrido na última quarta-feira. O Fluminense foi jogar em Quito, a uma altitude de 2850 metros acima do nível do mar. Isso só acontece aqui nos torneios e campeonatos sul-americanos. No México também times daqui vão lá botar a língua pra fora e quase sempre se dão mal. Veja se na Europa o Real Madrid, o Barcelona, o Milan, o Paris Saint-Germain, por exemplo, vão jogar nos campos das montanhas alpinas do Mont Blanc! Será que os times ricos da Itália, da França, da Alemanha vão disputar algum campeonato no Monte Evereste ou nos campos gelados do Nepal? É brincadeira o que fazem com os times brasileiros. A FIFA já reconheceu esse absurdo, mas ainda não decidiu efetivamente nada para acabar com essa distorção, pois os times daqui de baixo, quando sobem as montanhas, se descontrolam, mas os de lá, quando vêm para o nível do mar nada sofrem. Isso é cientificamente certo e atestado. É, meus amigos, trata-se da famosa américa latrina futebol clube. Com uma qualidade social, econômica e educacional, que deixa muito a desejar e sempre em contradição com os dircursos de seus líderes populistas, até que esses países da cordilheira conseguem arrumar uns times bem razoáveis, para disputar os campeonatos oficiais da FIFA, que são realizados por aqui. E como se desenrolam os jogos nesses campos de ar rarefeito dos países espanhóis emergentes, de qualidade política sob suspeição? Bem, os campos de jogo são verdadeiros alçapões, com gandulas fazendo parte da equipe, dentro e fora das linhas do campo. Atuam com total complascência do juiz e bandeirinhas. São jogadores extras. Os árbitros estão se “lascando” para as regras do jogo. Fazem vista grossa, mesmo porque não são bestas de se meterem em confusão nesses campos dessas cidades, onde a pressão sobre eles é total. Bolas à profusão, quando é necessário, aparecem no campo com o jogo em andamento. Basta que isso seja vantajoso para o time da casa. E a disciplina? Não é contida pela maioria dos árbitros. A pancadaria come solta, sem dó nem piedade! Isso pouco ocorre nos campeonatos europeus. As irregularidades são em menor número. A cobrança das Federações é efetiva. E os times europeus são muito mais ricos do que os nosso pobres e individados participantes dessas Copas Tupiniquins. Bem, e a corrupção ? Os arranjos de resultados para enriquecer certos apostadores das Loterias Esportivas? Bom, corrupção é coisa de rico, portanto, também de Primeiro Mundo. Mas não tenhamos tanta vergonha assim, para dizer, que por aqui é a mesma coisa e, no fundo, no fundo, ninguém é santo e ganhar sem fazer força muita gente acha legal. Agora, vamos, de qualquer jeito, lotar o Maracanã, para podermos ver o Fluminense jogar de igual para igual com esse time com nome acadêmico, pseudo-universitário, já que o juiz desse jogo, parece ser uma pessoa séria e o Brasil é um país mais organizado. Agora, que o Maracanã é um campo, praticamente neutro, isso é. Para mim o resultado desse próximo jogo é o que vale. Parabéns, Tricolor, pela reação demonstrada até agora.

ATÉ A PRÓXIMA

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

ECOS DO PASSADO


Já falei sobre os nomes próprios masculinos do futebol brasileiro que são publicados no diminutivo. Isso é raro nos goleiros. Não me vem à memória nenhum nome de jogador desta posição que tenha seu nome no diminutivo. Parece que nessa posição o jogador tem de ser mesmo grandalhão e não cabe lugar para ninguém de estatura mediana. Mas o diminutivo não dá a grandeza dimensional do jogador. É sempre uma forma lingüística muito mais afetiva do que referencial. Mas por que será que os nomes dos goleiros quase não apresentam o sufixo diminutivo? Talvez para não estigmatizar o jogador que tem uma difícil missão em campo, a de impedir que o adversário conquiste a vitória, assinalando os gols. Há nomes diminutivos que resumem uma figura antitética, isto é, denotam justamente o contrário, para dar maior expressividade ao termo ou marcam afetivamente a pessoa caracterizada. Temos inúmeros exemplos em todas as modalidades de esportes, desde o tênis, com o nosso olímpico “fininho”, até os inúmeros “-inhos” e “-zinhos” de todos os esportes de massa, como aparecem às centenas, no futebol. Mas quero, hoje, me concentrar num goleiro do Fluminense dos meus 9 ou 10 anos de idade, quando, realmente, decidi torcer pelo tricolor carioca. O Super-Campeonato de 1946, ganho pelo esquadrão das Laranjeiras, foi decisivo para que eu ingressasse na maravilhosa e eterna torcida do Campeão de Álvaro Chaves. Também mão sei como decorei até hoje aquele magnífico time. Dizia-se num ritmo bem definido, parece que pela disposição dos jogadores em campo, de três em três nomes, do goleiro ao meio-campo. Depois, uma linha de cinco jogadores, assim: Robertinho, Gualter e Haroldo : Pascoal, Telesca e Bigode : Pedro Amorim, Ademir, Careca, Orlando e Rodrigues. Nesse ritmo, os nomes de todos os atletas ficavam muito sonoros... Esses nomes de meus ídolos da distante infância não saem de minha lembrança e a saudade de suas façanhas só me alentam, para, cada vez mais, perceber que estamos novamente muito perto de uma super-façanha: a conquista tão esperada de um título internacional, agora com sabor de revanche. Tentarei assistir ao encontro, mas, se não puder ir ao Maracanã, pois atualmente moro muito distante do Rio de Janeiro, vou acompanhar os lances do jogo contra a LDU, ouvindo alucinadamente o Garotinho tricolor, José Carlos Araújo, que também tem no nome o mesmo sufixo do Robertinho, goleiraço do Super-Campeonato de 1946. Que a magia futebolísticas dos craques daquela época, envolva todo o time de Cuca & Cia, e que venha a LDU e o título da Sul-americana irá para as Laranjeiras.

Na foto (in, Blog SÓ SÚMULAS) o Time Super-Campeão de 1946: Robertinho, Gualter, Pascoal, Haroldo, Pedro Amorim, Ademir, Telesca, Rodrigues, Careca, Bigode e Orlando.
ATÉ A PRÓXIMA

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

FLUSÃO SENSACIONAL !


Foi uma noite memorável! Que virada, minha gente! Parece até que vamos nos redimir do contratempo da final com a LDU. E por falar no diabo, olha ele aí, chegando de mansinho, no meio da fumaçada que a torcida tricolor soltou no Maraca, junto com pó-de-arroz e tudo. Foi raça e preparo físico. Foi vontade de vencer e obediência às determinações técnicas. É claro que levar um gol logo de início deixa qualquer time meio tonto. Mas o Flu foi heróico, buscou o empate, que, diga-se de passagem, já merecia, desde o meio do primeiro tempo. E o empate veio nos pés de (G)um gladiador romano corajoso e ensanguentado... E não quis só o empate, não! Foi buscar a vitória em virada muito bem concatenada, pois Alan recebeu um lançamento preciso da defesa e partiu como ágil e vigorosa gazela das savanas africanas, como diria Nelson Rodrigues, para a meta adversária. Foi um divino delírio. O jogo terminou e a torcida continuou festejando a histórica partida. E para caracterizar um encontro tipicamente sul-americano, a pancadaria comeu solta, iniciando tudo uma covarde agressão de um jogador paraguaio a um gandula carioca. Aí, o time do Fluminense não perdeu também, revidou, porque, no Maracanã, já vi muitos craques da bola saírem correndo para o vestiário depois de tremendo bafafá em campo... Para finalizar, acho que essas agressões todas já estavam previstas na complacência do juiz, deixando de assinalar com cartões amarelos e vermelhos as muitas e violentas faltas dos jogadores do Cerro Porteño. Vamos reviver a grande decisão que deixamos escapar... Lotaremos o Maracanã e seremos campeões.


ATÉ A PRÓXIMA

terça-feira, 17 de novembro de 2009

FUTEBOL NÃO É SÓ TRABALHO, NÃO!


Luís Fabiano, no intervalo do jogo entre Brasil X Omã, realizado hoje, 17 de novembro de 2009, disse ao repórter da Rede Globo de Televisão: “...ele está dificultando o meu trabalho”. A referência era ao goleiro de Omã que defendia tudo que os jogadores brasileiros disparavam em direção à sua meta. Ora, futebol pode ser considerado trabalho, sim. O profissionalismo nesse esporte existe e é claro que os jogadores são trabalhadores. Isso é o futebol-profissão. Mas o futebol é também prazer lúdico. E quando o jogo está rolando, como se diz na linguagem especial desse esporte de massas, o futebol deixa de ser trabalho para ser também prazer. A prova disso é a comemoração dos jogadores após o gol marcado. Eles vibram como nunca vibram os trabalhadores de outras áreas, em qualquer tipo de função. Nunca vi um trabalhador da construção civil pulando de alegria ou abraçando seu colega de trabalho por assentar uma fileira inteira de tijolos numa parede de um prédio em construção. Nunca ninguém presenciou, dentro de um escritório de contabilidade, um funcionário com o punho cerrado, comemorando estridentemente o fechamento de um balanço, no qual, dias atrás, faltavam alguns centavos para zerar as colunas TER e HAVER, das planilhas da página principal do seu Microsoft Office Excel. Estou para ver ou ter notícias de algum trabalhador que tenha colocado o dedo indicador na sua própria boca, em bico, mandando os fregueses da loja ao lado ficarem caladinhos, pois estão comprando mais caro televisões, geladeiras, rádios, aparelhos de ar condicionado e muitas outras coisas na loja do concorrente. Minha gente, vamos acabar com essa besteira de dizer que futebol é um trabalho como outro qualquer. A isso já me referi em inúmeras crônicas e artigos. Futebol é trabalho por associação à relação do tipo: faço isso para ganhar dinheiro. Na disputa, em campo, é emoção, paixão, ansiedade, diversão acima de tudo. Se futebol fosse só trabalho, as transmissões por rádio e televisão, bem como os comentários dos locutores seriam substituídas por pronunciamentos, declarações, relatórios, resenhas, exposições, atas e outras formas denotativas frias de registrar acontecimentos.

ATÉ A PRÓXIMA

sábado, 17 de outubro de 2009

É DOSE, "MEO" !


Quando eu dava aula de Língua Portuguesa no antigo Curso Ginasial e Científico, mais tarde Primeiro e Segundo Grau, estudavam-se muitas particularidades ocorridas em nosso idioma, tanto nos estudos diacrônicos como nos estudos sincrônicos. Isso era difícil para os alunos? Pode ser que sim, pois muitos professores obrigavam seus alunos a decorar os famigerados metaplasmos. Quem estudou naquela época se lembra. Mas sempre optamos por apresentar os fatos históricos respaldados pelos acontecimentos corriqueiros do dia-a-dia, para mostrar que o que ocorreu em nosso idioma, num passado distante, continua, muitas vezes, ocorrendo e, assim, o aluno percebia que o presente repete a história e as coisas ficavam bem mais fáceis. A mesma metodologia eu aplicava ao ensino do Latim e aproveitava, sempre que possível, para mostrar que a Língua Portuguesa atual é mutatis mutantis, aquele latim vulgar, estropiado, modificado e mais novo, falado pelo povo, principalmente nas regiões entre o Douro e o Minho.
Esta nostálgica introdução serve para mostrar, mais uma vez, agora sem a preocupação docente de exposição do tema, sua fixação e posterior verificação de uma possível aprendizagem, que alguns fenômenos morfofonêmicos, ocorridos lá pelos séculos II e III, na Tarraconense, Bética ou Lusitânia, regiões da Península Ibérica ocupadas pelos soldados de Roma, estão ainda se reproduzindo em pleno século XXI, no falar do povo humilde brasileiro. Um exemplo disso foi o que ouvi hoje numa entrevista de um jogador do São Paulo Futebol Clube, após a derrota de 1 x 0 para o Clube Atlético Mineiro, no Estádio do Morumbi. O repórter do Canal a Cabo, SPORTV perguntou ao jogador são-paulino se o campeonato estaria perdido. Richarlyson, meio-campista do tricolor paulista, disse: “Não podemos perder em casa num campeonato tão COMPETIVO como esse”. Isso mesmo, COMPETIVO em vez de COMPETITIVO. Sabem como é o nome desse fenômeno morfofonêmico? Chama-se HAPLOLOGIA. Isso ocorre quando duas sílabas de uma palavra estão contíguas, na composição ou na derivação. Ocorre que uma delas é suprimida. Vejam o que aconteceu, há muito tempo atrás. SEMIMÍNIMA, ficou SEMÍNIMA; TRAGICOCOMÉDIA, ficou TRAGICOMÉDIA; CANDIDINHA, ficou CANDINHA; ESPLENDIDÍSSIMA, ficou ESPLENDÍSSIMA. Esses são alguns exemplos entre muitos que poderíamos apontar. Mas já ia me esquecendo. A haplologia pode ser, ainda, sintática, quando a parte eliminada é uma palavra repetida numa frase. Pronunciem Rua Visconde de Abaeté. A preposição DE é eliminada. Mostrar por que isso tudo aconteceu e continua acontecendo era o meu pulo-do-gato, para que a matéria não se tornasse enfadonha. Eu tentava buscar sempre uma explicação e induzia a turma a encontrar outras, num processo motivador conhecido como “DESCOBRINDO A PÓLVORA”. Nessas HAPLOLOGIAS acima se percebe a dificuldade na pronúncia dos vocábulos apontados como exemplos. Da mesma forma, o jogador do São Paulo, amolado com a derrota, vendo o título escapar em casa, não teria condições de se desempenhar lingüisticamente, de acordo com a norma culta da língua. Falando rápido, COMPETITIVO funciona mesmo como um trava-língua. “É dose, meo...”

ATÉ A PRÓXIMA

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

RIO DE JANEIRO 2016



Parabéns Rio de Janeiro. A Cidade Maravilhosa vai sediar os Jogos Olímpicos em 2016. Foi um trabalho sério, realizado pelos nossos técnicos, especialistas de toda ordem, políticos e representantes dos mais variados segmentos esportivos brasileiros, que souberam convencer a comissão organizadora do Comitê Olímpico Internacional (COI), em Copenhague, mostrando que o Brasil pode realizar uma festa de tal envergadura. Hoje é um dia histórico para nós, pois será a primeira festa olímpica na América do Sul. O “loby” brasileiro foi muito bem executado e contou com inúmeras autoridades lá na Diamarca, inclusive o presidente Lula. O Rio de Janeiro será o maior beneficiário desses jogos, porque a cidade deverá ser completamente remodelada, com o surgimento de benfeitorias em seu sistema de transporte de massa e em vários outros setores, trazendo para a população um bem-estar há muito tempo esperado. O esporte deverá amadurecer e receber, além de incentivos oficiais para fazer bonito na competição olímpica, um forte contingente de jovens atletas, motivados pela escolha do Brasil para abrigar esse grande acontecimento, tudo por força do aumento inevitável da auto-estima de cada brasileiro, de cada carioca, o que é fundamental para uma participação competitiva, alavancada por essa motivação tão ansiosamente esperada por todos nós. O Rio de Janeiro vai arregaçar as mangas e começar a trabalhar duro e firme na realização do Projeto Olímpico que deverá ultrapassar as benesses do imediatismo e projetar
no futuro a grandeza desse presente invejável. Mas nossos políticos e todos os demais
responsáveis pelas transformações que a cidade do Rio de Janeiro sofrerá terão de ser
tão sérios no manuseio das bilionárias verbas que serão alocadas para a realização das obras, quanto foram para convencer os delegados do COI com direito a voto. Que seja essa uma nova era para a Cidade Maravilhosa. Era de prosperidade e remissão dos incontáveis crimes aqui perpetrados, em nome da ganância, da corrupção e do oba-ôba
passageiro. Não devemos nos mirar nos desmandos ocorridos nas olimpíadas realizadas em 2004 na Grécia e sim nos valores olímpicos que o povo grego dispensava a esses jogos e que o coração de Pierre de Fredi, o Barão de Coubertin, enterrado em Olímpia, pulse honesto no peito de nossos dirigentes políticos, empresários e responsáveis pela preparação atlética de nossos futuros heróis olímpicos. Parabéns Cidade Maravilhosa, Rio-Cidade, Rio-Sonho, sonho de um Deus petrificado no alto do monte, que acordará feliz por ter realizado um sonho, sonhado por milhões de cariocas.


ATÉ A PRÓXIMA

sexta-feira, 24 de julho de 2009

BICHO ÀS AVESSAS


Para acabar com essa irritante dança de técnicos no Campeonato Brasileiro, basta que nos contratos dos jogadores fique estabelecido que nas derrotas haverá uma multa enorme. Assim, esses “trabalhadores” da bola, que dizem que exercem seu ofício com muito afinco, na hora “H” desempenhariam suas atribuições com muito mais “raça” e empenho. Dispensar técnicos mal sucedidos por péssimas atuações dos jogadores é muito fácil. Às vezes os jogadores, é certo, levam muito azar e a bola não entra. Outras vezes, levam muita sorte e a bola entra. Depende do vetor em que o apaixonado torcedor se encontra. Mas este expediente de despedir os técnicos por conta de derrotas sucessivas parece que é coisa mais de mercado do que de inteligência esportiva. Se nos contratos milionários, que, diga-se de passagem, não podiam existir, em nome da miséria do país e também de toda África negra, estivesse lá uma cláusula que fizesse o papel do “bicho” às avessas – lembram-se do bicho, uma grana substancial, dada aos jogadores, após as vitórias ? – esse negócio de amolecer as jogadas e outras formas de se aceitar o mau momento, por exemplo, desapareceria completamente. E não me venham dizer que isso não é possível sob a ótica jurídica, porque, juridicamente, não pode também haver contratos secretos e no Congresso Brasileiro o que mais ali tem é esse tipo de patifaria. No futebol, sem patifaria, é claro, porque futebol é coisa séria, essas cláusulas poderiam muito bem existir e as coisas fluiriam magnificamente bem. Não teríamos mais, num campeonato de um pouco mais de dez rodadas, como o Brasileirão deste ano de 2009, tantos técnicos demitidos e tantos jogadores estranhamente sem ritmo de jogo e atuando tão displicente e mediocremente. Ora bolas! Vamos, pelo menos, tentar!

ATÉ A PRÓXIMA

quarta-feira, 1 de julho de 2009

A GALERA

Já não agüento mais ver pela televisão as torcidas nas arquibancadas dos estádios, por esse Brasil a fora. Principalmente nas tardes ou noites de inverno, em quase todas as regiões desse nosso imenso território. Os caras, vestindo casacos de moletom, com capuz, agasalhos parecendo imundos, tudo amassado e, talvez, fedendo, espargindo mesmo aquele odor acre de sabão ordinário, como diria o nosso escritor realista, Aluísio Azevedo, em seu romance O Cortiço. Não é preconceito, não! Apenas uma constatação. A nossa sociedade está órfã. Morreu a família. Ficou viúvo o Estado. A Família e o Estado são, no fundo, no fundo, responsáveis pela Sociedade, que distribui suas normas pelos indivíduos, agregados em grupos de solidariedade. Se esses grupos se dissolvem, os indivíduos vão procurar equivalentes, para se agregarem e se unirem em torno de uma nova forma de existência que lhes dêem perspectivas de vida, pois todos nós somos seres gregários. E o que tem tudo isso a ver com as galeras das arquibancadas dos campos de futebol? Tudo. A falta de informação e formação sistemática dos jovens das grandes cidades, aliada a uma péssima instrução para a sobrevivência, faz de uma massa incalculável de jovens uma manada de alucinados irracionais, pulando, quebrando, socando, brigando, xingando, berrando, agindo como verdadeiros animais, torcendo por seus clubes nos campos de futebol. O linguajar chulo já é um indicador dessa falta de educação que a família deveria dar. Mas essa instituição já não existe mais e muitos vão procurar no bando de equivalentes o amparo, o porto seguro, para que suas extravagâncias não sejam reprimidas imediatamente. Ao se agruparem, motivados por uma paixão também irracional – se toda paixão não fosse assim - , sentem-se protegidos e agem como feras soltas nos campos, nas ruas, nas favelas, nas praças, nos pastos, nas savanas ou na escuridão das matas virgens. A salvação para isso passaria pela Educação de Base. Pela Educação contínua, sistemática e assistemática, isto é, dentro e fora da Escola. Mas também nos campos de futebol de muitas praças de esporte da civilizada e culta Europa, vamos encontrar a violência viva nos estádios, deixando visíveis marcas de selvageria. Mas lá, outros fatos podem estar no epicentro desse terrível furacão de truculência urbana. Nos Estados Unidos não presenciamos esse tipo de violência esportiva. Parece que lá os esportes de massa não empolgam tanto, nem mexem com os nervos do saxão, como mexem com o sangue latino. Outros fatores, além da educação e da escolaridade servem de antídoto para dissipar a violência nos estádios americanos. Então, enquanto a bola rola no campo e a galera vibra e briga nas arquibancadas, os esportes de massa e, basicamente, o futebol vão se deteriorando, junto com a sociedade, sem família, sem valores morais, sem ética, deixando seus adeptos à mercê de um Estado viúvo, falido e quase sem forças para dar a volta por cima e casar de novo.

ATÉ A PRÓXIMA

sexta-feira, 26 de junho de 2009

RACISMO E "OTRAS COSITAS MAS"

O jogador argentino do Grêmio de Porto Alegre, Maxi López, chamou o cruzeirense mineiro, Elicarlos, de macaco. Ora bolas, deixando um instantinho de lado o incompreensivo e nauseante racismo, acho que esse argentino ruim de bola tem mais cara de “maricon” do que de centro-avante. E aí também discriminei, mas bem feito para ele, quem mandou deixar seus impulsos falarem mais alto do que seu futebol. Só falta agora o presidente apedeuta do Brasil vir à TV e dizer que isso é coisa de "branco de olhos azuis", para azedar mais o pudim... Cruzes! Sai fora!

ATÉ A PROXIMA

quarta-feira, 10 de junho de 2009

FUTEBOL É CONJUNTO

Esse negócio de Copa do Mundo disputada por seleções dos melhores jogadores de seus países é uma bobagem para o esporte e um grande negócio para muita gente ganhar muito, mas muito dinheiro mesmo. Armando Nogueira já havia dito, há muitos anos atrás, que, no futuro, as copas do mundo seriam disputadas por times e não mais por países. Isso eu já comentei e publiquei em meus livros e no meu Blog. Mas ainda vai levar muito tempo para acontecer essa mudança. O fato é que, no momento, nenhuma seleção de qualquer país ganha de alguns times aqui do Brasil, que se apresentam bem organizados, como o Corinthians, o Internacional de Porto Alegre, o Vasco da Gama e até mesmo o Brasiliense, da segunda divisão do Campeonato Brasileiro em curso. Isso porque futebol é, em primeiro lugar, conjunto. Em segundo lugar, desempenho individual e em terceiro lugar, organização. Debaixo desse tripé os times se formam melhor do que as seleções de cada país, que vão buscar seus jogadores nas equipes que se destacam nos campeonatos regionais ou nacionais, sem muito tempo para treinar. Vejam o que acontece agora com a Seleção Canarinho. Nunca se sabe se vai jogar um centro-avante ou outro. Será Pato ou Nilmar. Será esse ou aquele; será um ou outro? É claro que essa exuberância de talento é um alento, que o diga a atuação de Kaká, sempre espetacular. O Brasil, certamente, vai se classificar, mas o que discutimos é que SELEÇÃO tem que rimar com ASSOCIAÇÃO que no fundo, no fundo é CONJUNTO e isso caracteriza o “football association”. Aos poucos ajustam-se os jogadores a uma forma bonita de jogar e o futebol brasileiro estará, mais uma vez, representado numa copa, dessa vez na África, em 2010.


ATÉ A PRÓXIMA

quarta-feira, 3 de junho de 2009

UM VAI-E-VEM ETIMOLÓGICO NO FUTEBOL

A bola vai rolar nos gramados brasileiros de muitas capitais que vão receber as seleções de futebol para a Copa do Mundo de 2014. Os gramados ou relvados como dizem os nossos irmão portugueses, devem ser muito bem cuidados com grama de excelente qualidade. E por falar nisso, vejam que coisa interessante acontece com a nossa língua.

Palavras de origem não latina, por exemplo, gregas, como telefonema e grama (peso, gramma ) mudam de gênero, passando do masculino grego para o feminino português, por influência da vogal temática –a, sentida como forma de feminino, pois, em português, palavras terminadas (tema) em –a são do gênero feminino. Mas o contrário também acontece. É o caso de grama (planta) que vem do latim gramen, onde o –a final foi atraído (e traído) pelo gênero feminino. Mas, como sempre há especulações em torno das origens, o grande filólogo alemão, M. Lübke, viu a possibilidade de ter existido uma forma de plural, gramina, tomada como singular. Portanto, enquanto o gado pasta nos verdes campos coberto por boa grama, seu peso aumenta em muitos gramas. Perceberam ?

ATÉ A PRÓXIMA

quarta-feira, 13 de maio de 2009

É FLUSÃO NA CABEÇA

É claro que todo mundo tem o direito de torcer por qualquer time de futebol, mas torcedor político que se declara admirador de times de massas, frente à mídia, é, no mínimo, suspeito de demagogia ou de tentar faturar votos em qualquer eleição. Nunca vi nenhum político dizer abertamente que torce pelo São Cristóvão ou pelo Juventus, do Rio de Janeiro ou de São Paulo. Esses nossos políticos, principalmente os mais demagogos, como é o caso do Presidente Luís Inácio Lula da Silva, torcem pelo time de maior número de torcedores. No caso de Lula, dublê de "arquibaldo" e “Qualhada”, o seu time escolhido foi o Corinthians. Nada contra essa tradicional agremiação futebolística, pelo contrário, queremos muito bem a todos os times que envolvem o futebol num grande e fenomenal espetáculo massivo. Mas somos declarada e apaixonadamente torcedores. E como torcedor de um dos mais significativos clubes do futebol do Brasil, como é o caso do Fluminense do Rio de janeiro, não poderíamos deixar de nos expressar antes de um confronto direto, envolvendo dois grandes times, de São Paulo e do Rio de Janeiro, na disputa pela Taça do Brasil de 2009, que se realiza, hoje, dia 13 de maio de 2009, no Estádio do Pacaembu. Agora, abrir os jornais, a internet e várias revistas eletrônicas e ver a triste figura desse desastrado presidente, postado ao lado de Ronaldo, o Fenômeno, promovendo o Corinthians, não é coisa de fácil digestão.
Bem, como “voto é votado e jogo é jogado”, no dizer de um pião de obra de São Caetano (frase que me chegou através de uma pesquisa lingüística de um ex-aluno), vamos ver se esse todo poderoso “timão”, empurrado por essa inusitada figura de nossa política atual, passa pela “maquina” tricolor, capitaneada por Fred, Parreira e Cia Ltda, além, é claro, do Sobrenatural de Almeida, que, tenho certeza estará nas arquibancadas, hialina e transfiguradamente torcendo pelo esquadrão das Laranjeiras. Dá-lhe, Flusão!

ATÉ A PRÓXIMA

segunda-feira, 27 de abril de 2009

É FUTEBOL OU LUTA LIVRE ?

Quem alimenta a imbecilidade explícita de muitos jogadores do nosso futebol profissional é o juiz, em campo. Muitos não têm coragem de agir conforme a Lei do jogo. Estão a serviço dos resultados. Ficam preocupados com o que poderá acontecer depois. Comprometem-se inexplicavelmente com a patifaria que graça no mundo esportivo atual. Muitos têm um comportamento desviante, incompatível com a graça do jogo (entenderam?). Mas hoje em dia quem se importa com tudo isso? Vivemos um momento crucial em relação à ética e a tudo que é digno, sério e fundamental para a vida social honrada e franca... Daqui a alguns dias ninguém mais vai falar das bobagens desses árbitros despreparados. O tempo é um implacável destruidor de vestígios... Bem, nesse último domingo, 26 de abril de 2009, no jogo entre Flamengo e Botafogo, Juan foi driblado por Maicosuel e o atacou com um pontapé desleal. Depois, não conformado, montou nas costas do atacante alvinegro e, de dedo em riste, na altura da orelha do coitado, estirado no gramado, desabou sua mediocridade verborrágica, tentando dizer que se ele fizesse aquilo novamente seria irremediavelmente esquartejado e seus restos mortais atirados aos abutres (urubus) nas arquibancadas. Não existe essa bobagem de humilhação pelas jogadas de grande impacto visual dentro de campo. Já falei, inclusive sobre o tal DRIBLE DA FOCA, lembram ? As coisas mais belas do futebol são os dribles e os gols. Esse toquinho de gente, brigão, encrenqueiro e medíocre lateral deveria é se mirar nos exemplos de Ronaldo, o Fenômeno, que quase no mesmo horário, tratou a bola com imenso carinho, driblou maravilhosamente e fez dois gols de placa aplaudidos pelo Rei Pelé que a tudo assistia. Maravilha! Cartão vermelho para esse jogadorzinho, aprendiz de moleque ? Não senhor, o árbitro amarelou.

ATÉ A PRÓXIMA

sexta-feira, 24 de abril de 2009

ADRIANO I I

Prestem atenção, meus amigos. Um jogador que desponta para o sucesso, com tenra idade, sem escolaridade e cultura geral mínima, isto é, sem saber, por exemplo, o nome da capital do país para onde vai, quase sempre não é orientado por seu procurador, a respeito de como é viver no primeiro mundo, principalmente o europeu. Aliás, os procuradores desses craques-mirins estão interessados nos seus milionários contratos, pois recebem comissões ou algo parecido que engordarão suas poupanças. Assim e aí começam os problemas. Vejam, ainda. Se um desses craques que despertam para o estrelato internacional ganhasse aqui no Brasil, por exemplo, mais ou menos uns quinhentos mil reais por mês, pouco em relação aos dez ou cem mil euros, mas muito dinheiro para aqui viver bem, poderia perfeitamente amadurecer em paz em sua terra natal e ser muito feliz. Acompanhem minha tese a respeito. O cara com quinhentos mil reais de salário, grana que equivaleria a dois apartamentos de dois quartos por mês em Botafogo ou no Flamengo ou ainda, a sete carros de 70 mil reais cada um, bonitos, funcionais, muito bacanas, se sentiria muito bem e satisfeito, tenho certeza. Com toda essa baba preta, não faltariam gatinhas de plantão, em toda zona norte, para desfilarem em seus carrões nacionais e até com eles viajarem para fora do país, em rápidas férias, iniciando com o chek-in nos aeroportos internacionais do nosso amado, idolatrado, salve-salve, viva o Brasil! Se colocassem na poupança da Caixa todo esse dinheirão brasileiro, teriam, mensalmente, uns três mil reais sem fazer nada. Aqui, eles saberiam onde passar seus dias de folga. Leriam em português suas revistinhas de história em quadrinhos, jogariam totó nos hoteis, durante as concentrações, ouviriam rádio e as notícias das emissoras sensacionalistas que só anunciam mortes, assaltos, fofocas e liquidações formidáveis das Casas Bahia. Assistiriam às novelas da Globo, torcendo para os mocinhos e imitariam a moda do vestiário exibida pelos artistas famosos da novela das oito, tudo com muito mais segurança em seus atos do que vocês, leitores, podem imaginar. Continuando. Agora, o que sabem eles de italiano, inglês, francês, alemão, grego, russo ou até castelhano? Nada. Absolutamente nada! Mas, em poucos meses eles não aprenderiam a língua local? Que nada! Aprender uma língua não é perceber somente o significado de algumas palavras. É entender outros tópicos culturais do ambiente circundante em que vivem, pois a língua é apenas um dos vários outros signos culturais de uma sociedade. Aliás, o mais importante. Com o aprendizado de uma língua, toda uma gama cultural, um vasto acervo genérico, completa a formação integral de cada indivíduo. Isso é rápido? Não, repetimos. É demorado e doloroso. Adriano que o diga. Que sentido teve um palácio para esse Imperador do futebol de Roma, adquerido por milhares ou milhões de euros? Sentido nenhum para o jovem e iletrado Adriano, um senhor jogador de futebol, um excelente sujeito, mas um rapaz sem qualquer entendimento a respeito das formas arquitetônicas de seu edifício, de sua magnífica casa, de sua estupenda residência. Será que ele usava e entendia todos os signos semiológicos de sua mansão? Por exemplo, que sentido teria o triclínio na sua grandiosa sala de jantar? E era lá que reunia seus poucos amigos ou convidados. Quase todos os presentes, certamente, teriam poucas informações a respeito e estariam com seus repertórios semiológicos nivelados por baixo. Queremos dizer que, talvez, ninguém que frequentasse seu palácio soubesse o significado daquele móvel romano, colocado na ampla sala por uma competente decoradora, a serviço das melhores grifes da Roma moderna e capitalista. Então (e Parreira confirmou em sua entrevista no programa BEM AMIGOS de Galvão Bueno) Adriano saía da ampla sala e ia para a churrasqueira, fritar lingüiça e bebericar cachaça com limão, açúcar e gelo, brindando a todos e à sua angústia com uma brasileiríssima e plebeia caipirinha.

ATÉ BREVE

sexta-feira, 10 de abril de 2009

O CASO ADRIANO 1



Uma personalidade pública pode ser apreciada, analisada e comentada pela mídia, desde que se mantenham as normas mais dignas de respeito e consideração. Mas hipóteses e muitas especulações podem surgir, guardando sempre aquelas atitudes de civilidade e bom senso nos comentários. É o caso do jogador da Inter de Milão, Adriano. Nunca vi pessoalmente esse craque do futebol mundial. Tudo isso que falam sobre a sua decisão de deixar momentaneamente o futebol ouvi nos comentários da televisão e li nos jornais das principais capitais do Brasil, principalmente no eixo Rio-São Paulo.
Adriano vem, há muito tempo, tendo um comportamento estranho, no que diz respeito às atitudes de um jogador profissional, com contrato e pagamento em dia. As notícias sempre ocorrem sobre suas atitudes incompatíveis a um profissional bem resolvido com seu clube, com sua torcida, com a Seleção de seu país, com sua Confederação, mas não com sua família e, principalmente, consigo mesmo. Bem, isso ele deixa claro nas entrevistas e sobre essas coisas especula-se muito. Será que ele está ou esteve envolvido com drogas, com a vida luxuriante, com a futilidade dos prazeres mundanos que o dinheiro proporciona no sistema capitalista? Não parece ser isso a causa fundamental de seu comportamento desviante. Mas o que é um comportamento desviante? Seriam as atitudes tomadas por uma pessoa, pressionada pela imposição da sociedade, diferente do que ela, a sociedade, dispõe como normal e certo. A força da norma ataca o ser humano na civilização. Freud tem um excepcional livro, base de muitas das suas principais teorias psicanalíticas, intitulado MAL-ESTAR NA CIVILIZAÇÃO. A caracterização do neurótico pode ser observada no Capítulo V dessa obra. Seria Adriano um neurótico? Segundo Freud, “O neurótico cria, em seus sintomas, satisfações substitutivas para si, e estas ou lhe causam sofrimento em si próprias, ou se lhe tornam fontes de sofrimento pela criação de dificuldades em seus relacionamentos com o meio ambiente e a sociedade a que pertence”.

Não analisaremos o Adriano como um paciente de divã, não é isso. Vamos tentar sempre apresentar uma explicação para o comportamento desviante desse “cracaço” de bola. Adriano se envolveu como é natural, com belas e esculturais mulheres, dizendo-se, algumas vezes, apaixonado por elas, mas sempre frisando que dificilmente seria compreendido. Por quem? Todos os que lidam ou já lidaram, profissionalmente, com o jogador disseram que ele é meigo, muito dócil, bonzinho, que gosta de todo mundo, de seus amigos, de sua comunidade, das pessoas de um modo geral. Carlos Alberto Parreira disse isso, recentemente, no programa de Galvão Bueno, BEM AMIGOS, da Rede Globo de Televisão.

Agora, voltando ao pai da psicanálise. Freud também faz referência à parte de um dos primeiros mandamentos da fé católica que diz: amará a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo. Prossegue Freud: “Essa exigência, conhecida em todo o mundo, é, indubitavelmente, mais antiga que o cristianismo que a apresenta como sua reivindicação mais gloriosa... Por que deveremos agir desse modo? Que bem isso nos trará? Acima de tudo, como conseguiremos agir desse modo? Como isso pode ser possível? Meu amor, para mim, é algo de valioso, que eu não devo jogar sem reflexão. A máxima me impõe deveres para cujo cumprimento devo estar preparado e disposto a efetuar sacrifícios. Se amo uma pessoa, ela tem de merecer meu amor de alguma maneira..... Ela merecerá meu amor, se for de tal modo semelhante a mim, em aspectos importantes, que eu me possa amar nela; merecê-lo-á também, se for de tal modo mais perfeita do que eu, que nela eu possa amar meu ideal de meu próprio eu (self)”.

Freud continua, dizendo que se há algum grau de envolvimento, como numa estrutura de parentesco, por exemplo, o amor poderá existir, “mas, se essa pessoa for um estranho para mim e não conseguir atrair-me por um de seus próprios valores, ou por qualquer significação que já possa ter adquirido para a minha vida emocional, me será muito difícil amá-la. E continua: Na verdade, eu estaria errado agindo assim, pois meu amor é valorizado por todos os meus como um sinal de minha preferência por eles, e seria injusto para com eles, colocar um estranho no mesmo plano em que eles estão”.

Adriano pode ser bonzinho, meigo, doce, amável, segundo depoimento de pessoas ligadas ao esporte que com ele conviveram, mas não será sempre assim, no recôndito refúgio de sua solidão. Se ele é bonzinho, pois a sociedade, através de seus porta-vozes assim o disseram, e ele ouviu essas declarações midiáticas, vai querer que assim seja e se confundirá, instaurando-se o conflito em sua precária realidade e ele passará a fingir, fantasiando o real, sintomatizando a neurose.
Bem, por enquanto ficaremos por aqui, mas convido meus leitores amigos para essa discussão que será abrilhantada por um dos maiores intelectuais brasileiros, profundo conhecedor da teoria freudiana-lacaniana em nosso país, o Professor Doutor Antônio Sérgio Lima Mendonça, que apresentará outros comentários sobre esse instigante tema: o comportamento social do craque Adriano, do Internationale de Milão e da Seleção Brasileira de Futebol.

ATÉ A PRÓXIMA


terça-feira, 7 de abril de 2009

ROMÁRIO E AS GALINHAS


E aí, Romário? Essa condenação de R$ 30 mil até que serviu para dar uma ajudinha de páscoa ao torcedor tricolor... Foi muito engraçada aquela confusão, creio, há uns seis anos atrás! Agora, Romário, é pagar e deixar a notícia da sua condenação correr as redações dos jornais e ser pautada pelas emissoras de rádio e Tv de todo o Brasil. Mas, no fundo, no fundo, Romário, nunca um símbolo tão aviltado como a galinha – coitada – atingiu a glória do noticiário esportivo, como nessa manhã de 7 de abril de 2009, chegando mesmo a suplantar o seu par, o galo, outro bicho que ocupa lugar de destaque na camisa da seleção de futebol da França, este muito mais digno, considerado animal emblemático desde os tempos dos gauleses.

ATÉ BREVE

segunda-feira, 16 de março de 2009

QUEREMOS RESPOSTAS

Assim começam as Construções do Povo, sem acompanhamento adequado, em breve mais uma favela em Xerém e a culpa não é do FLUMINENSE.





MPF PROCESSA FLUMINENSE POR DEVASTAÇÃO DA MATA ATLÂNTICA EM XERÉM.





O Ministério Público Federal no Rio de Janeiro moveu uma ação contra o Fluminense por cortar árvores e usar fogo em vegetação de Mata Atlântica, sem licença ambiental, nas obras do campo de treinamento de Xerém, no entorno da Reserva Biológica do Tinguá (Duque de Caxias). De acordo com a Procuradoria, em setembro de 2007, o Ibama notificou o clube e fez laudo situando a degradação dentro do raio de atividades que afeta a reserva. Em liminar, o MPF quer que o Fluminense restaure as áreas degradadas, plantando mudas de espécies nativas compradas pelo réu sob orientação do Instituto Chico Mendes. O procurador Renato Machado, autor da ação civil pública, quer ainda que o clube previna incêndios e outros sinistros que causem danos ambientais e submeta previamente à autorização da Reserva do Tinguá todas as obras, cortes e alterações na vegetação local. Segundo a ação, a Reserva do Tinguá e seu retorno devem ser fiscalizados e administrados pelo Instituto Chico Mendes. Uma vez constatada a supressão de mata nativa, sem a autorização da Feema e do Instituto Chico Mendes, o Fluminense deveria ter reparado os danos ambientais. “Mesmo que o clube fosse autorizado a exercer sua atividade naquele local e fosse permitida a devastação, a Lei 11.428/06 condiciona esses casos a uma compensação ambiental, que impõe ao agressor a obrigação de destinar uma área equivalente à extensão degradada, com as mesmas características ecológicas e na mesma bacia hidrográfica”, diz o procurador Renato Machado. A ação tramita na 3ª Vara Federal de São João de Meriti. Segunda-feira, 16 de março de 2009

AGORA, O QUE O MPF FAZ CONTRA AS GANGUES QUE DEVASTAM A AMAZÔNIA ? O QUE O MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE FAZ CONTRA OS MADEREIROS QUE DESTROEM AS MATAS DE NOSSA AMAZÔNIA ? O QUE O IBAMA FAZ CONTRA OS CRIADORES DE BOI QUE DERRUBAM A FLORESTA AMAZÔNICA ? O QUE SE FAZ CONTRA A CORRUPÇÃO QUE PREDOMINA EM TODA A REGIÃO AMAZÔNICA ?
ESSAS PERGUNTAS TÊM DE SER RESPONDIDAS E DIVULGADAS TAMBÉM COMO NOTÍCIA.


O QUE O MP DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO FAZ PARA CONTER A DEVASTAÇÃO DA MATA ATLÂNTICA DA CIDADE DE SÃO SEBASTIÃO DO RIO DE JANEIRO, NA FLORESTA DA TIJUCA ? O PODER PÚBLICO FAZ VISTA GROSSA AO AVANÇO DAS FAVELAS NAS MATAS DA TIJUCA E ENTORNO.



ESSAS PERGUNTAS TAMBÉM TÊM DE SER RESPONDIDAS E DIVULGADAS COMO NOTÍCIA.


ÊTA PAISINHO COMPLICADO!



QUEREMOS É RESPOSTAS NA MÍDIA. COM A PALAVRA AS AUTORIDADES, NOS JORNAIS, NAS RÁDIOS E NA TV.



ATÉ A PRÓXIMA

É CHEIRO DE PÓ-DE-ARROZ NO AR

Não pude ir ao Maracanã para assistir ao jogo de estreia do atacante Fred. Perdi um jogo emocionante, não pelos lances do primeiro tempo, pois foi de dar uma ansiedade danada, a que, por sinal, nós, tricolores, já estamos até acostumados. Mas a emoção estava reservada para o segundo tempo, quando o Flu atacou em massa, estando a ponto de empatar a qualquer hora, o que aconteceu com Fred, um jogador predestinado a ser artilheiro e a conquistas épicas, como diria Nelson Rodrigues. Agora o Fluminense repôs o centro-avante que faltava, desde a saída de Washington para o São Paulo. Assisti a tudo pela televisão, mas sinto que perdi a grande oportunidade de respirar a brisa que soprou sobre a Cidade Maravilhosa, deixando no ar um cheiro de pó-de-arroz, para comemorar mais um campeonato carioca...
Avante, TRICOLOR! Avante, Fred! Avante Parreira!
ATÉ A PRÓXIMA

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

É SÓ APLAUSO


No diário “LANCE” o Sr. Ricardo Teixeira (segundo Juca Kfouri) disse que a cidade que vaiar a Seleção Brasileira de Futebol não receberá mais seus jogos.

Ora, Sr. Ricado, quem paga ingresso para um espetáculo de futebol tem o direito de aplaudir ou vaiar. Tudo com civilidade. Agora, a Seleção de Futebol do Brasil só é a “Pátria de Chuteiras”, para quem lê o latente e comunga com a estética nelsonrodrigueana, articulando o poético e recriando o imaginário. Mas, isso não vale para o povão ignorante, ou melhor, para esse pobre povo desdentado, analfabeto, desnutrido, mal-educado, sem escolaridade, bagunceiro, com pouquíssimas informações, assistido por programas governamentais demagógicos, mas eleitores, sim senhor..., pois vaiar faz parte de seu repertório, quando percebe que não foi para ver uma porcaria de jogo que ele pagou! Mas, ainda, se formos analisar o futebol como diversão, à la império romano, aí mesmo é que o Sr. Ricardo Teixeira não tem nenhuma razão, pois o povo brasileiro, como o povo romano, tendo atingido após tantas glórias ("como nunca se viu na história desse país"), a mais torpe abjeção, só uma coisa pode e deve exigir: "panem et circenses", com muito barulho vaias, gritos e outras "coisitas" mais, tanto nos estádios de futebol, como em Brasília ou, ainda e principalmente, no Castelo desse Deputado Federal Mineiro sem vergonha, Corregedor, Edmar Moreira.
UMA VERGONHA, MEU POVO! ACORDEM BRASILEIROS!!!!!!!!!!!!!




ATÉ A PRÓXIMA