PESQUISE NUMA BOA

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

CAMPEONATO DE TERCEIRO MUNDO


É triste ser do Terceiro Mundo, dessas Américas sul-americanas, centrais, de tantas glórias, mas também de tantas porcarias. É triste, mesmo, pois temos de agüentar esses Chaves, Evos, Rafaéis, Logos, Zelayas, gente da pior espécie política, sempre aplaudida por nosso presidente apedeuta. Mas vamos ao assunto futebolístico ocorrido na última quarta-feira. O Fluminense foi jogar em Quito, a uma altitude de 2850 metros acima do nível do mar. Isso só acontece aqui nos torneios e campeonatos sul-americanos. No México também times daqui vão lá botar a língua pra fora e quase sempre se dão mal. Veja se na Europa o Real Madrid, o Barcelona, o Milan, o Paris Saint-Germain, por exemplo, vão jogar nos campos das montanhas alpinas do Mont Blanc! Será que os times ricos da Itália, da França, da Alemanha vão disputar algum campeonato no Monte Evereste ou nos campos gelados do Nepal? É brincadeira o que fazem com os times brasileiros. A FIFA já reconheceu esse absurdo, mas ainda não decidiu efetivamente nada para acabar com essa distorção, pois os times daqui de baixo, quando sobem as montanhas, se descontrolam, mas os de lá, quando vêm para o nível do mar nada sofrem. Isso é cientificamente certo e atestado. É, meus amigos, trata-se da famosa américa latrina futebol clube. Com uma qualidade social, econômica e educacional, que deixa muito a desejar e sempre em contradição com os dircursos de seus líderes populistas, até que esses países da cordilheira conseguem arrumar uns times bem razoáveis, para disputar os campeonatos oficiais da FIFA, que são realizados por aqui. E como se desenrolam os jogos nesses campos de ar rarefeito dos países espanhóis emergentes, de qualidade política sob suspeição? Bem, os campos de jogo são verdadeiros alçapões, com gandulas fazendo parte da equipe, dentro e fora das linhas do campo. Atuam com total complascência do juiz e bandeirinhas. São jogadores extras. Os árbitros estão se “lascando” para as regras do jogo. Fazem vista grossa, mesmo porque não são bestas de se meterem em confusão nesses campos dessas cidades, onde a pressão sobre eles é total. Bolas à profusão, quando é necessário, aparecem no campo com o jogo em andamento. Basta que isso seja vantajoso para o time da casa. E a disciplina? Não é contida pela maioria dos árbitros. A pancadaria come solta, sem dó nem piedade! Isso pouco ocorre nos campeonatos europeus. As irregularidades são em menor número. A cobrança das Federações é efetiva. E os times europeus são muito mais ricos do que os nosso pobres e individados participantes dessas Copas Tupiniquins. Bem, e a corrupção ? Os arranjos de resultados para enriquecer certos apostadores das Loterias Esportivas? Bom, corrupção é coisa de rico, portanto, também de Primeiro Mundo. Mas não tenhamos tanta vergonha assim, para dizer, que por aqui é a mesma coisa e, no fundo, no fundo, ninguém é santo e ganhar sem fazer força muita gente acha legal. Agora, vamos, de qualquer jeito, lotar o Maracanã, para podermos ver o Fluminense jogar de igual para igual com esse time com nome acadêmico, pseudo-universitário, já que o juiz desse jogo, parece ser uma pessoa séria e o Brasil é um país mais organizado. Agora, que o Maracanã é um campo, praticamente neutro, isso é. Para mim o resultado desse próximo jogo é o que vale. Parabéns, Tricolor, pela reação demonstrada até agora.

ATÉ A PRÓXIMA

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

ECOS DO PASSADO


Já falei sobre os nomes próprios masculinos do futebol brasileiro que são publicados no diminutivo. Isso é raro nos goleiros. Não me vem à memória nenhum nome de jogador desta posição que tenha seu nome no diminutivo. Parece que nessa posição o jogador tem de ser mesmo grandalhão e não cabe lugar para ninguém de estatura mediana. Mas o diminutivo não dá a grandeza dimensional do jogador. É sempre uma forma lingüística muito mais afetiva do que referencial. Mas por que será que os nomes dos goleiros quase não apresentam o sufixo diminutivo? Talvez para não estigmatizar o jogador que tem uma difícil missão em campo, a de impedir que o adversário conquiste a vitória, assinalando os gols. Há nomes diminutivos que resumem uma figura antitética, isto é, denotam justamente o contrário, para dar maior expressividade ao termo ou marcam afetivamente a pessoa caracterizada. Temos inúmeros exemplos em todas as modalidades de esportes, desde o tênis, com o nosso olímpico “fininho”, até os inúmeros “-inhos” e “-zinhos” de todos os esportes de massa, como aparecem às centenas, no futebol. Mas quero, hoje, me concentrar num goleiro do Fluminense dos meus 9 ou 10 anos de idade, quando, realmente, decidi torcer pelo tricolor carioca. O Super-Campeonato de 1946, ganho pelo esquadrão das Laranjeiras, foi decisivo para que eu ingressasse na maravilhosa e eterna torcida do Campeão de Álvaro Chaves. Também mão sei como decorei até hoje aquele magnífico time. Dizia-se num ritmo bem definido, parece que pela disposição dos jogadores em campo, de três em três nomes, do goleiro ao meio-campo. Depois, uma linha de cinco jogadores, assim: Robertinho, Gualter e Haroldo : Pascoal, Telesca e Bigode : Pedro Amorim, Ademir, Careca, Orlando e Rodrigues. Nesse ritmo, os nomes de todos os atletas ficavam muito sonoros... Esses nomes de meus ídolos da distante infância não saem de minha lembrança e a saudade de suas façanhas só me alentam, para, cada vez mais, perceber que estamos novamente muito perto de uma super-façanha: a conquista tão esperada de um título internacional, agora com sabor de revanche. Tentarei assistir ao encontro, mas, se não puder ir ao Maracanã, pois atualmente moro muito distante do Rio de Janeiro, vou acompanhar os lances do jogo contra a LDU, ouvindo alucinadamente o Garotinho tricolor, José Carlos Araújo, que também tem no nome o mesmo sufixo do Robertinho, goleiraço do Super-Campeonato de 1946. Que a magia futebolísticas dos craques daquela época, envolva todo o time de Cuca & Cia, e que venha a LDU e o título da Sul-americana irá para as Laranjeiras.

Na foto (in, Blog SÓ SÚMULAS) o Time Super-Campeão de 1946: Robertinho, Gualter, Pascoal, Haroldo, Pedro Amorim, Ademir, Telesca, Rodrigues, Careca, Bigode e Orlando.
ATÉ A PRÓXIMA

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

FLUSÃO SENSACIONAL !


Foi uma noite memorável! Que virada, minha gente! Parece até que vamos nos redimir do contratempo da final com a LDU. E por falar no diabo, olha ele aí, chegando de mansinho, no meio da fumaçada que a torcida tricolor soltou no Maraca, junto com pó-de-arroz e tudo. Foi raça e preparo físico. Foi vontade de vencer e obediência às determinações técnicas. É claro que levar um gol logo de início deixa qualquer time meio tonto. Mas o Flu foi heróico, buscou o empate, que, diga-se de passagem, já merecia, desde o meio do primeiro tempo. E o empate veio nos pés de (G)um gladiador romano corajoso e ensanguentado... E não quis só o empate, não! Foi buscar a vitória em virada muito bem concatenada, pois Alan recebeu um lançamento preciso da defesa e partiu como ágil e vigorosa gazela das savanas africanas, como diria Nelson Rodrigues, para a meta adversária. Foi um divino delírio. O jogo terminou e a torcida continuou festejando a histórica partida. E para caracterizar um encontro tipicamente sul-americano, a pancadaria comeu solta, iniciando tudo uma covarde agressão de um jogador paraguaio a um gandula carioca. Aí, o time do Fluminense não perdeu também, revidou, porque, no Maracanã, já vi muitos craques da bola saírem correndo para o vestiário depois de tremendo bafafá em campo... Para finalizar, acho que essas agressões todas já estavam previstas na complacência do juiz, deixando de assinalar com cartões amarelos e vermelhos as muitas e violentas faltas dos jogadores do Cerro Porteño. Vamos reviver a grande decisão que deixamos escapar... Lotaremos o Maracanã e seremos campeões.


ATÉ A PRÓXIMA

terça-feira, 17 de novembro de 2009

FUTEBOL NÃO É SÓ TRABALHO, NÃO!


Luís Fabiano, no intervalo do jogo entre Brasil X Omã, realizado hoje, 17 de novembro de 2009, disse ao repórter da Rede Globo de Televisão: “...ele está dificultando o meu trabalho”. A referência era ao goleiro de Omã que defendia tudo que os jogadores brasileiros disparavam em direção à sua meta. Ora, futebol pode ser considerado trabalho, sim. O profissionalismo nesse esporte existe e é claro que os jogadores são trabalhadores. Isso é o futebol-profissão. Mas o futebol é também prazer lúdico. E quando o jogo está rolando, como se diz na linguagem especial desse esporte de massas, o futebol deixa de ser trabalho para ser também prazer. A prova disso é a comemoração dos jogadores após o gol marcado. Eles vibram como nunca vibram os trabalhadores de outras áreas, em qualquer tipo de função. Nunca vi um trabalhador da construção civil pulando de alegria ou abraçando seu colega de trabalho por assentar uma fileira inteira de tijolos numa parede de um prédio em construção. Nunca ninguém presenciou, dentro de um escritório de contabilidade, um funcionário com o punho cerrado, comemorando estridentemente o fechamento de um balanço, no qual, dias atrás, faltavam alguns centavos para zerar as colunas TER e HAVER, das planilhas da página principal do seu Microsoft Office Excel. Estou para ver ou ter notícias de algum trabalhador que tenha colocado o dedo indicador na sua própria boca, em bico, mandando os fregueses da loja ao lado ficarem caladinhos, pois estão comprando mais caro televisões, geladeiras, rádios, aparelhos de ar condicionado e muitas outras coisas na loja do concorrente. Minha gente, vamos acabar com essa besteira de dizer que futebol é um trabalho como outro qualquer. A isso já me referi em inúmeras crônicas e artigos. Futebol é trabalho por associação à relação do tipo: faço isso para ganhar dinheiro. Na disputa, em campo, é emoção, paixão, ansiedade, diversão acima de tudo. Se futebol fosse só trabalho, as transmissões por rádio e televisão, bem como os comentários dos locutores seriam substituídas por pronunciamentos, declarações, relatórios, resenhas, exposições, atas e outras formas denotativas frias de registrar acontecimentos.

ATÉ A PRÓXIMA