Para acabar com essa irritante dança de técnicos no Campeonato Brasileiro, basta que nos contratos dos jogadores fique estabelecido que nas derrotas haverá uma multa enorme. Assim, esses “trabalhadores” da bola, que dizem que exercem seu ofício com muito afinco, na hora “H” desempenhariam suas atribuições com muito mais “raça” e empenho. Dispensar técnicos mal sucedidos por péssimas atuações dos jogadores é muito fácil. Às vezes os jogadores, é certo, levam muito azar e a bola não entra. Outras vezes, levam muita sorte e a bola entra. Depende do vetor em que o apaixonado torcedor se encontra. Mas este expediente de despedir os técnicos por conta de derrotas sucessivas parece que é coisa mais de mercado do que de inteligência esportiva. Se nos contratos milionários, que, diga-se de passagem, não podiam existir, em nome da miséria do país e também de toda África negra, estivesse lá uma cláusula que fizesse o papel do “bicho” às avessas – lembram-se do bicho, uma grana substancial, dada aos jogadores, após as vitórias ? – esse negócio de amolecer as jogadas e outras formas de se aceitar o mau momento, por exemplo, desapareceria completamente. E não me venham dizer que isso não é possível sob a ótica jurídica, porque, juridicamente, não pode também haver contratos secretos e no Congresso Brasileiro o que mais ali tem é esse tipo de patifaria. No futebol, sem patifaria, é claro, porque futebol é coisa séria, essas cláusulas poderiam muito bem existir e as coisas fluiriam magnificamente bem. Não teríamos mais, num campeonato de um pouco mais de dez rodadas, como o Brasileirão deste ano de 2009, tantos técnicos demitidos e tantos jogadores estranhamente sem ritmo de jogo e atuando tão displicente e mediocremente. Ora bolas! Vamos, pelo menos, tentar!
ATÉ A PRÓXIMA
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